Cinbesa orienta usuários a ficarem atentos aos perfis fakes nas redes sociais

• Atualizado há 2 anos ago

A Prefeitura Municipal de Belém (PMB), as secretarias e órgãos municipais estão presentes nas redes sociais, que são eficazes para a comunicação devido à rapidez e alcance que suas publicações propiciam. Entretanto, recentemente, o surgimento de um perfil fake da PMB no Instagram acendeu o alerta para uma prática nociva: perfis criados por indivíduos mal-intencionados buscando obter vantagem de pessoas, que não sabem estar sendo vítimas de um farsante.

Utilizando nomes e logomarcas semelhantes às das contas oficiais, os perfis fakes não apresentam padronização nas artes gráficas e vídeos postados, além de possuírem erros grosseiros de língua portuguesa em suas legendas.

Conta oficial – Alguns detalhes servem para identificar as contas oficiais da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), que apresentam tanto no Instagram quanto no Facebook e Twitter, o chamado selo de verificação, um pequeno ícone azul com o símbolo de “visto” ao lado do nome do perfil, indicando que as próprias plataformas reconhecem e validam os perfis oficiais da PMB como legítimos. É preciso destacar que, embora as contas das secretarias e órgãos da PMB não apresentem selo de verificação, pode-se perceber que as mesmas têm regularidade nas postagens, apresentando estilos padronizados no uso das cores e logomarcas, além de textos coerentes e coesos nas legendas.

Os perfis oficiais da PMB – @prefeiturabelem em todas as plataformas – são todos verificados, com exceção da conta no TikTok, que foi recém-lançada. No caso do perfil oficial do Instagram, a grande quantidade de seguidores e postagens também indicam que a mesma é confiável: são 195 mil seguidores atualmente, com 3.274 postagens, demonstrando atualização constante. No Facebook, existem 170 mil seguidores; já no Twitter, são mais de 98 mil seguidores. 

Golpes cibernéticos – É comum que os criminosos promovam golpes cibernéticos por meio do envio de mensagens diretas aos seus seguidores, contendo boatos e induzindo-os a clicarem em link que instala, nos computadores ou celulares das vítimas, aplicativo para o roubo de dados pessoais, ou ainda direcionando a um site falso solicitando informações como CPF, número de cartão e senhas.

O analista de sistemas da Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa) e professor dos cursos de informática do Instituto Federal do Pará (IFPA), Cláudio Martins, aponta os perigos apresentados nas mensagens enviadas. “Usuários que interagem com contas fakes podem ser ludibriados a realizarem ações que vão lhes prejudicar, ao aceitar convites de ajuda financeira ou ao comprar produtos fraudulentos, e também quando compartilham ou confirmam informações falsas, dentre outras ações”.

Usuários podem se proteger com alguns cuidados básicos – É importante, em primeiro lugar, desconfiar de mensagens diretas de perfis supostamente institucionais oferecendo benefícios, vantagens ou oportunidades; em segundo lugar, atentar para a segurança da conexão com a fonte suspeita, considerando a existência do selo de verificação, assim como a confiança no perfil baseada na reputação a partir de outros contatos legítimos. Em todo caso, usuários devem assegurar a instalação em seus equipamentos de um bom software de antivírus, que fornece diversas ferramentas para reduzir riscos dessa natureza.

Em caso de não haver certeza da credibilidade do perfil remetente de mensagens, a orientação é de não clicar nos links que as mesmas contêm. Estas ações importam porque os aplicativos de rede social, por si mesmos, são desenvolvidos de modo a não alterarem nenhuma configuração da máquina – computador ou celular smartphone – do usuário.

Código maliciosos – “Os problemas, que podem prejudicar o computador, surgem normalmente da interação do usuário com mensagens que podem conter códigos de programação maliciosos, os quais, por algum motivo de vulnerabilidade da configuração do computador, são executados e passam a realizar alguma operação indevida, por exemplo: apagar conteúdo e arquivos, inserir vírus, capturar informações sigilosas, dentre outras”, afirma Cláudio Martins.

A interação com pessoas e entidades desconhecidas representam riscos nas redes sociais. Quando ocorrem danos que causem constrangimento – econômico, psicológico ou social – a pessoa atingida deve registrar o evento por meio de boletim de ocorrência em uma delegacia especializada em crimes cibernéticos, em seguida avaliar os prejuízos e processar os envolvidos se possível.

Denunciar – Para que perfis fakes mal-intencionados sejam eliminados, cidadãos podem colaborar denunciando os mesmos: na página do perfil fake, o usuário deve clicar nos “três pontinhos”, presentes na parte superior à direita, e depois clicar em “Denunciar…”, seguindo as etapas necessárias para concluir a ação. Esta simples ação pode garantir mais segurança e confiabilidade no ambiente da internet.

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